domingo, 18 de maio de 2014

SENADOR DONO DO HELICOPTERO DO PÓ, INUMERAS DENUNCIAS

Dono do helicóptero do pó 

ganhou 3 contratos 

sem licitação de Aécio Neves

30 de novembro de 2013 | 17:34 Autor: Miguel do Rosário
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Escrevo há uns quinze anos sobre política,
de maneira quase ininterrupta,
e tendo ideais progressistas,
sempre fui crítico à grande imprensa brasileira.
No entanto, nunca me deparei com um grau
de degradação tão avassalador como
vejo nos últimos dias.
O Globo insiste nos “privilégios” dos presos petistas, 
sem
 refletir que, ao fazer esse tipo de campanha,
contradiz a si mesmo.
Afinal, que raio de privilégio é esse em
ser achincalhado diariamente nos jornais,
mesmo após estar preso injustamente?
Através do Globo, agora
já sabemos os negócios de todos
os familiares dos proprietários do hotel que
 empregará José Dirceu.
Enquanto isso,  a imprensa trata
com inexplicável discrição aquele
que pode ser o maior escândalo
das últimas décadas, rivalizando
até mesmo com o trensalão paulista.
O Ministério Público de Minas Gerais
vai propor, nos próximos dias,
uma Ação Civil Pública, para investigar
repasses do governo do estado,
na gestão de Aécio Neves,
para a empresa Limeira Agropecuária
e Participações Ltda, proprietária
do helicóptero apreendido
com meia tonelada de pó.
Os repasses aconteceram
em 2009, 2010 e 2011.
Achei reportagens
do ano passado com informações sobre
suspeitas do Ministério Público contra a Limeira,
empresa dos Perrela. O MP apurava
possível contratação irregular, sem licitação,
pelo governo do estado,
além de superfaturamento.
A compra da fazenda Guará
(a mesma onde o helicóptero foi apreendido),
avaliada em R$ 60 milhões,
também estava sob a mira dos procuradores,
visto que o bem havia sido
ocultado pelo senador Zezé Perrela.
Hoje há uma matéria no Globo sobre o tema,
 mencionando as suspeitas do Ministério Público,
mas sem chamada na primeira página
e sem qualquer citação ao partido do
governo do estado, e às relações
quase íntimas entre os Perrela
e o provável candidato do PSDB à
presidência da república, Aécio Neves.
A reportagem informa que o
senador Zezé Perrela (PDT-MG) também
pagou com sua verba de gabinete
o combustível usado no famoso helicóptero.
Zezé e Gustavo, pai e filho,
estão cada vez mais enredados no caso.
O assunto não é interessante?
Um possível presidente da república
ser tão próximo de políticos
suspeitos de serem grandes
traficantes de cocaína não
é do interesse da nossa imprensa “livre”,
“independente”, “profissional”?
Será que mais uma vez,
os blogueiros terão que assumir a dianteira dessa investigação, com grande risco pessoal?
-----------------------------------------------------------------------------------------------------Aécio e Alckmin 
são ligados a 
dono do helicóptero 
da cocaína

Um helicóptero carregado de pó 

foi apreendido em fazenda de um

 deputado ligado a Aécio Neves. 

Piloto que levava 450 kg de cocaína 

diz que deputado está tentando

 ‘empurrar pepino’ para ele

O advogado Nicácio Pedro Tiradentes
 disse que o deputado estadual Gustavo Perrella
(Solidariedade-MG) está mentindo.
Tiradentes representa o piloto Rogério Almeida Antunes,
que dirigia o helicóptero apreendido
em uma fazenda no município de Afonso Cláudio,
Espírito Santo, com mais de 400 quilos de cocaína a bordo.
Perrela afirma que o piloto roubou o helicóptero.
Tiradentes passou algumas horas com o acusado. Ele saiu do encontro dizendo que Rogério era “homem de confiança” do deputado Perrella, tanto que ocupava um cargo na Assembleia Legislativa de Minas Gerais mesmo 
sem
 dar expediente.    De acordo com o advogado, 
o piloto fez duas ligações para o deputado 
Perrella antes do voo em questão.................
Ele sustenta que tanto o piloto quanto o 
deputado acreditavam tratar-se 
de implementos agrícolas. Disse também 
que o deputado estaria tentando
 “empurrar o pepino” para o piloto. 
Ele sugeriu que haveria a tentativa 
de livrar outro envolvido, pessoa “de posses”..................
.........................Além do piloto foram presos 
o co-piloto Alexandre José de Oliveira Júnior, 
de 26 anos, o comerciante 
Róbson Ferreira Dias, de 56, 
e Everaldo Lopes de Souza, de 37.
O advogado disse que a fazenda destino
da carga era de propriedade do senador
Zezé Perrella (PDT-MG), ex-presidente
 do Cruzeiro e pai de Gustavo Perrella.
Segundo o advogado, a propriedade
está em nome da Limeira
Agropecuária e teria sido comprada
 “por cinco vezes o valor” de mercado................
...................Nicácio Tiradentes informou 
que pretende entrar nas próximas
 horas com habeas corpus para 
tirar o piloto da cadeia.
“O deputado não poderia
 enlamear o menos favorecido
 pela sorte”, disse o advogado,
se declarando “magoado”.
Segundo ele, o piloto “não
fez nada sem autorização”.
Para provar isso, Nicácio
pretende pedir quebra do
sigilo telefônico do piloto:
“Deu duas ligações [para o deputado].
Aí que mora o perigo”...........................................

Na mídia, 

a história 

dos 450 kg 

de cocaína 

no helicóptero 

dos Perrella virou pó..........

.......Em 26/11/2013

Os portais destacavam com

 excessivo cuidado que o 

helicóptero de um deputado 

havia sido apreendido com

 450 kg de cocaína. Depois

 informaram que o piloto havia viajado 

sem
 autorização 
dos proprietários. 
E agora, registram 
que o piloto nega o fato.
Deputado e 450 quilos 
de cocaína. Será esse
 um fato tão comum que 
não merece tanto destaque? 
Principalmente se vier a se
 levar em consideração que 
este deputado é filho de um 
senador aliadíssimo de um
 candidato a presidente da República?
Estamos falando dos 
Perrellas e do 
presidente do 
PSDB, Aécio Neves. 
Aliados políticos históricos.
Mas vamos lá. Vamos
 imaginar que um dos 
filhos de Marta Suplicy
 fosse deputado. 
E um helicóptero dele 
fosse apreendido pela 
PF com 450 quilos de 
cocaína. Você acha que
 este fato teria a mesma
 cobertura discreta e 
cuidadosa que o dos 
Perrellas está tendo?
 Você acha que o Uol 
daria apenas registros 
aqui e ali do caso?
 Ou acha que a casa da 
atual ministra teria filas 
de repórteres tentando pular o muro para falar com ela?
Talvez o exemplo não seja 
o melhor. Tentemos, pois, 
outro exercício hipotético.
 Imagine que ao invés do 
helicóptero do filho de 
Marta Suplicy fosse o 
de um irmão do senador 
carioca Lindbergh. 
O que você acha que aconteceria? 
Quantos minutos isso renderia
 no Jornal Nacional?
 Quantaspáginas do jornal O Globo?
Mas podemos ir ainda mais 
longe. Imagine que o helicóptero
 fosse de alguém que tivesse
 relação com o ex-presidente Lula
. Alguém, por exemplo, que tivesse
 feito churrasco na casa dele uma 
ou outra vez. O que será que 
aconteceria com Lula e com 
o suposto churrasqueiro de Lula?
Como você acha que seria a 
cobertura dessa história se o
 avião fosse do Zeca Dirceu, 
deputado pelo Paraná e filho 
de José Dirceu? Ou de um filho 
do vereador Donato, que ontem 
voltou à Câmara para enfrentar 
do legislativo a quadrilha do ISS?
 Ou se fosse da Miruna, filha de 
José Genoíno?
Não se deve responsabilizar os 
Perrellas, Aécio ou quem quer que
 seja sem que seja realizada uma 
investigação cuidadosa. E não é
 disso que se trata aqui. Há, porém,
 indícios, que ensejam uma cobertura
 bem mais atenta do que a que foi feita 
até agora pelos principais veículos da
 mídia tradicional. São 450 quilos de 
cocaína. Não são meia dúzia de 
sacolinhas. É coisa de uma quadrilha
 extremamente profissional. E essa
 imensa quantidade de droga era 
transportada num helicóptero de 
uma família tradicional da política mineira.
A questão é que a cobertura midiática 
só tem se interessado por aquilo que 
leve à criminalização do PT. Independente 
do mérito. O que importa não é mais o 
crime, mas a legenda do criminoso.
 E por isso Demóstenes 
Torres flanava todo pimpão por aí. 
Fazendo discursos moralistas e ao
 mesmo tempo armando falcatruas com Cachoeira.
Aliás, você ouviu falar de Cachoeira 
e Demóstenes por aí? Você viu a indignação 
da direção do PSDB com a investigação do 
escândalo do metrô de SP? Pois é. 
É disso que se trata. Eles sabem 
que são midiaticamente impunes. 
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Piloto do "helicóptero do pó" diz que tem medo de morrer

Copiloto de helicóptero 

dos Perrella diz temer a 

morte. Em primeira 

entrevista após quatro

 meses na cadeia, 

José de Oliveira Júnior 

afirmou ter sido usado 

e disse estar com medo de morrer. 

“Estou acabado. Minha empresa

 quebrou e não consigo emprego”

Em liberdade desde o último dia 8,
 Alexandre José de Oliveira Júnior
 – copiloto do
 helicóptero pertencente ao deputado estadual Gustavo Perrella
 (SDD-MG), filho do senador Zezé Perrela (PR-MG),
em que foi transportada quase meia tonelada de cocaína
 – afirmou que foi usado e que está com medo de morrer e 
sem
 condições de voltar a trabalhar.

A aeronave com a pasta base
de cocaína foi apreendida em
novembro de 2013 em uma
fazenda no município de Afonso Cláudio,
no Espírito Santo. “Estou acabado.
 Minha empresa quebrou e não
consigo emprego.
Quem vai entregar
helicóptero para um piloto
 que foi preso com 445
quilos de cocaína?”, indagou Oliveira Júnior.
 Ele, que passou quatro meses na cadeia,
 deu as declarações ao Diário do Centro do Mundo.
Além do flagrante no Espírito Santo, Oliveira Júnior
 foi citado como participante de um plano para
 resgatar chefes do Primeiro Comando da Capital
 (PCC) presos em São Paulo. “É mentira.
Respondo pelos meus erros, mas não
aceito que coloquem na minha conta
o que eu não fiz.”
Na entrevista, o copiloto afirmou
que só soube que transportava
cocaína depois que chegou a
Afonso Cláudio, quando dois
homens que aguardavam o
 helicóptero abriram as bolsas
pretas onde estava a droga,
e retiraram tabletes.
 “Eu fui contratado para trazer eletrônicos
medicamentos veterinários do Paraguai.
Para mim, era contrabando de
 mercadorias, não tráfico de drogas”, diz ele.
piloto alexandre helicóptero cocaína
O piloto Alexandre José de Oliveira Júnior (Reprodução)
No entanto, as mensagens
 encontradas pela
 Polícia Federal (PF) nos
telefones móveis usados
pelo copiloto mostram outra história.
Em uma das conversas, Oliveira Júnior
 disse a Rogério Almeida Antunes
(piloto do helicóptero) que cobraria
R$ 250 mil pelo transporte.
Assegurou que o piloto
ficaria com aproximadamente
R$ 150 mil, para cobrir as
despesas com horas de voo,
mais 50 mil por dia de trabalho.
Na entrevista, Oliveira
Júnior disse que o
pagamento seria feito por Harley,
um codinome que aparece na
transcrição das mensagens,
mas ele nega saber mais do
que isso. Gustavo Perrella e
o senador Zezé Perrella não
 foram indiciados no caso.
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Justiça condena senador 
Zezé Parrela por improbidade administrativa.
A Justiça Federal determinou 
a perda da função pública e a
 suspensão dos direitos políticos 
por três anos do ex-deputado federal 
e atual senador da República 
José Perrella de Oliveira Costa, 
conhecido por Zezé Perrella.
 A condenação, ainda em 
primeiro grau, chega nove
 anos depois que a ação por 
improbidade administrativa
 foi proposta pelo Ministério 
Público Federal no DF (MPF/DF),
 em dezembro de 2004.

A sentença foi proferida em
agosto do ano passado, durante o
 mutirão da Justiça Federal,
mas somente nesta semana o
 MPF recebeu comunicado
sobre a decisão. Além das
 penas relacionadas à atuação
 política, o parlamentar foi
condenado a pagarmulta de
 R$ 50 mil e fica proibido de
contratar com o poder público
e receber, direta ou indiretamente,
 benefícios e incentivos fiscais ou
creditícios. A restrição vale por três anos.
Zezé Perrella e outros 14
parlamentares são alvo de ações
de improbidade por ocupação ilegal
de apartamentos funcionais da
Câmara dos Deputados.
Os episódios ocorreram durante
 a gestão do ex-deputado federal
 Ciro Nogueira como 4º secretário
da Mesa Diretora da Câmara e
 tiveram grande repercussão
após notícias veiculadas pela
 imprensa. Conforme investigação,
em alguns casos as residências
 eram cedidas a filhos dos deputados,
assessores e amigos vindos de outros
 estados. Em outros, os parlamentares
 permaneceram nos locais depois que
 o mandato terminou.
Nos processos, procuradores
da República acusam Nogueira
de conivência com a situação irregular,
já que deveria zelar pelo sistema habitacional
da casa legislativa, impedindo a ocupação
indevida dos imóveis. Além da moradia
gratuita à custa do governo, a irregularidade
 gerou despesas com telefone, energia elétrica
e gás, cujo pagamento de parte delas foi realizado
 pela própria Câmara.
Ônus para os cofres públicos Apenas
 contra Zezé Perrella, o MPF pede o
ressarcimento de quase R$ 200 mil pelos
prejuízos causados à União. Perrella
permitiu o uso de apartamento, durante
e após sua legislatura, por não familiares
 o ex-chefe de gabinete José Guilherme
e o ex-assessor Rogério Nunes de Oliveira.
À época, o deputado foi notificado pela
 Coordenação de Habitação da Câmara,
 porém não atendeu pedido de devolução
 do imóvel. Esse mesmo setor sugeriu a
 Ciro Nogueira providências administrativas
 visando a reintegração de posse, o que
 também não foi acolhido. Nem mesmo
procedimento aberto pelo Ministério conteve
a fraude, sustenta o MPF na ação. Durante
as apurações, o ex-chefe de gabinete
José Guilherme confirmou a prática e
 disse que o ex-parlamentar sabia da ocupação.
Ao julgar procedente o pedido do MPF,
a juíza Diana Maria Wanderlei da Silva,
 da 2ª Vara Federal do Maranhão,
considerou que os princípios da
moralidade, legalidade e
 impessoalidade foram profundamente
 agredidos, vez que a autorização
 concedida aos parlamentares,
 a fim de residirem nos imóveis
funcionais, está relacionada
às atribuições do agente público,
acrescentando que a fim de aniquilar
condutas idênticas a esta,
 a população tem ido às ruas clamar por justiça.
Apesar do conjunto de provas
que atesta a omissão de
Nogueira nesse caso,
 a Justiça Federal entendeu
 pela ausência de atos de
improbidade administrativa
e observou que o ex-deputado
 adotou medidas para a
reintegração das residências.
O MPF vai recorrer da decisão.
Balanço A ocupação
ilegal de apartamentos
 funcionais da Câmara
dos Deputados
por ex-parlamentares
 originou 15 processos
do Ministério Público
por improbidade
administrativa.
Além de Zezé Perrella,
 foram condenados em
 primeira instância os
ex-deputados federais
Antônio Jorge, Márcio Matos
 e Elcione Barbalho. Em relação
a esses últimos, as sanções
 impostas foram basicamente
de ressarcimento aos cofres
públicos e pagamento de multa.
As sentenças ainda são discutidas na Justiça.
Processo 2004.34.00.048370-0.
Confira as íntegras da ação de improbidade
e da sentença judicial.
Assessoria de Comunicação
Procuradoria da República no Distrito Federal
(61) 3313-5460/5458
twitter.com/MPF_DF








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