Alerta de perigo foi enviado de forma incorreta por comissários
A Gol Linhas Aéreas confirmou por meio de nota, na noite desta terça-feira (31), que o tumulto dentro da voo, que retornou a Belém após 20 minutos da decolagem, começou após um 'alarme falso' da equipe de comissários que estavam a bordo para a cabine de comando.
Comandante e piloto ouviram os 'três bips' dentro da cabine, um código específico emitido pela equipe de comissários para avisar da existência de situação de elevado grau de perigo dentro da aeronave. Por esse motivo, o avião retornou as pressas a Belém.
Ainda durante a tarde, a Polícia Federal confirmou, a reportagem do Portal ORM, que tudo começou quando um passageiro teria visto homens viajando com armas de fogo e, em seguida, avisou à equipe de comissários que acionou o 'alarme'. O que os passageiros não sabiam, até então, era que se tratavam de policiais rodoviários federais que retornavam para seu batalhão de origem.
'Em momento algum eles tranquilizaram os passageiros em relação a isso. O que disseram dentro da aeronave é que havia problemas técnicos e que por isso retornamos a Belém', reclamou Rogério Penin, um dos passageiros.
Ainda de acordo com ele, vários passageiros desistiram de continuar a viagem justamente por falta de explicações. 'Esse retorno para Belém foi complicado, o avião perdeu altura e trepidou bastante, por isso muita gente ficou com medo. Eu resolvi ficar porque vou para os Estado Unidos e perder esse voo comprometeria a continuação da minha viagem', disse.
Em nota, a Gol confessou que não teria como informar se os pilotos sabiam ou não se haviam policiais armados dentro do avião.
Indignação - A Polícia Rodoviária Federal no Pará também mostrou indignação pela atitude da companhia aérea. Em nota, a assessoria da PRF informou ao Portal ORM, que todos os procedimentos cabíveis e legais para o embarque de policiais - portando arma de fogo - foi realizada pela companhia como rege o protocolo.
'Os quatro agentes que estavam no voo - entre eles uma mulher e três homens - fizeram check-in, informaram que viajariam armados, foram direcionados a área da Polícia Federal no aeroporto onde é feito o resfriamento da arma, preencheram um formulário que mostra o assento da aeronave onde estariam. Não entendemos porque essa situação de constrangimento foi criada', informou a assessoria da PRF.
Ainda de acordo com a PRF, os quatro agentes estavam retornando para a 5ª Delegacia da PRF em Santarém, onde são lotados, e que estavam em Belém para dar reforço durante a realização da Operação Férias Escolares.
Entenda - O voo 1642 da Gol, que saiu da capital paraense com destino a Manaus (com escala em Santarém), teve que voltar as pressas para Belém 20 minutos após a decolagem. Segundo um dos passageiros, o avião teve uma queda brusca no ar e muitos entraram em pânico.
Agentes da Polícia Federal entraram na aeronave para fazer revista
A primeira informação divulgada pela companhia era de que a aeronave estava com problemas técnicos, mas passageiros se assustaram ao ver, durante o pouso, agentes da Polícia Federal e bombeiros ao redor da aeronave.
O Liberal - PA31/07/2012 - 19:50
Texto: Heloá Canali (Portal ORM)
Fotos: Paulo Akira (O Liberal) Belém
OBS:FONTE DA NOTÍCIA:AVIAÇÃO COMERCIALNO FACEBOOK.
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