quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

A QUEDA DO PT-MRK.



A TRAGÉDIA DO VÔO 402 - I


Às 8 horas e 24 minutos do dia 31 de Outubro de 1996 o Fokker 100, matrícula PT-MRK pertencente a TAM, com 90 passageiros e 6 tripulantes a bordo, taxiava no pátio principal de Congonhas onde se preparava para decolar. Era o vôo 402 com destino ao Rio de Janeiro.
Caprichosamente aquela aeronave era especial, fora toda pintada de azul marinho, em sua fuselagem estava escrito em letras garrafais "NUMBER ONE", numero um, em comemoração ao prêmio recebido pela TAM como melhor companhia regional do mundo.

Próximo da cabeceira os comissários Marcelo Binotto, Flavia Fusetti Fernandes, Mariceli Pires Carneiro e Janaina Kakke dos Santos realizavam os utimos preparativos para a decolagem e na cabine o experiente Comandante José Antônio Moreno com 9 mil horas de vôo e 5 anos pilotando o Fokker 100 juntamente com o 1º Oficial Ricardo Luiz Gomes Martins ouviram soar na cabine um alerta de nível 2. Logo eles procuraram no painel da aeronave pelo problema. Não detectado, eles responsabilizaram o auto-trote que como eles já sabiam, estava quebrado.
O Auto-trote é um aparelho que realiza a dosagem da aceleração automaticamente, obtendo a máxima performance da aeronave. É totalmente dispensável, logo antes da decolagem eles o manteiram desligado para realizar a decolagem manualmente.
Às 8 horas e 26 minutos, a torre autoriza a decolagem, o MRK ingressa na pista 17 Direita aplica potência maxima e inicia a decolagem. Mas logo que a aeronave levanta vôo, o Comandante percebe que algo está errado, a aeronave está com a razão de subida muito inferior ao normal e com uma forte guinada a direita. A reação é imediata, o Comandante olha novamente para os instrumentos e não vê nenhuma informação de pane, aponta para o alto do painel e diz: - Lá em cima! Lá em cima! pedindo que o 1º Oficial desligasse o auto-trote que de alguma forma deveria estar ligado tirando a potência do aparelho. Mas as palavras do 1º Oficial: - Ta em off! Ta em off! confirmavam o inexplicável, o auto-trote estava da mesma forma que fora deixado antes da decolagem, desligado.
O MRK subiu apenas 129 pés (40m), foi rapidamente perdendo altitude e cada vez mais rolando para a direita. Apenas 25 segundos depois de ter levantado vôo, o MRK, quase de lado, se chocou com um pequeno prédio, caindo logo depois em várias casas no bairro do Jabaquara matando 3 pessoas.
Nenhum dos passageiros ou tripulantes sobreviveu. O aparelho ficou tão destruído que visto do alto mais parecia que um botijão de gás havia explodido do que a queda de um avião.
Imediatamente começaram em vão a procura de sobreviventes e deu-se início a as investigação do acidente. Tudo indicava que o reversor direito da aeronave abrira durante a decolagem. Mas os engenheiros holandeses que vieram auxiliar no caso, confirmaram o que a própria TAM já sabia. Isso era IMPOSSÍVEL.

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